Um poderoso chefão. Alho.

EM 2 ago, 2016

Para os ‘Alhófilos’ de plantão…

 

ALHO. Planta do gênero Allium, embora o termo se aplique especificamente ao Allium sativum, uma planta perene cujo bulbo (“cabeça de alho”), composto por folhas escamiformes (“dentes de alho”), é comestível e usado tanto como tempero como para fins medicinais.

E quem não conhece o alho?  O seu gosto e o hálito que fica depois…

Mas, ele é um aliado da saúde e vitalidade humana que remonta milhares de anos.

Os primeiros relatos históricos do uso do alho datam mais de 5 mil anos atrás, pelos egípcios, civilização mais avançada daquela época e que teria sido a primeira a cultivar a hortaliça, até mesmo considerando-a sagrada, tanto que fazia parte dos tesouros que acompanhavam os faraós nos túmulos; além do que, tem-se registros de que era a base na alimentação dos escravos que construíram as pirâmides. Acreditavam que o alho aumentava a resistência e força, logo era componente frequente usado em medicamentos.

De lá para cá, pouca coisa mudou. Gregos e romanos usaram, principalmente observado no consumo pelos soldados antes das batalhas.

Sabe-se que ele contem substâncias antioxidantes, antivirais e antimicrobianas. Quem já tomou chá à base de alho, limão e mel para combater gripes fortes, sabe do que estou falando.

Foi uma das iguarias que estavam nas embarcações de Cabral, lá em 1500! Ele foi o responsável por introduzir no Brasil essa cultura. Tanto, que sua expansão de plantio e cultivo, com a chegada em massa de espanhóis e italianos (entre os anos de 1880 e 1950), criou uma cultura avassaladora: até alguns anos atrás, era comum se plantar a hortaliça nas hortas caseiras. Eu mesmo lembro que lá nos anos 70, meu pai tinha uma “plantação” de alho. O cultivo do alho no Brasil continuou assim, bulbo a bulbo, quando nos anos 60 começou a produção em série e nos anos 80, perdeu força nas residências brasileiras. Hoje, vendido na casa dos R$ 25,00 o quilo, o alho está nos carrinhos de compra de 80% das pessoas que passam pelo setor de hortifrutigranjeiros nos supermercados.

Os principais produtores comerciais, mundiais, atualmente são China, Coreia do Sul, Índia, Espanha e Estados Unidos. Os gringos do hemisfério norte, são tão adeptos à esse poderoso chefão da cozinha, que em San Francisco, na Califórnia/E.U.A., por exemplo, o restaurante The Stinking Rose (rosa fedorenta) possui um cardápio todo preparado à base do alho, servido em todos os pratos (o acompanhante de regra é o vinho). Com isso, surgiu até um sundae que ficou muito famoso e deu crédito ao lugar (também feito do alho); da cozinha, comandada pelo chef italiano Andrea Froncillo, saem pratos como o Forty Clove Garlic Chicken (galinha assada aos 40 dentes). De tão conhecido entre os apaixonados pelo alho, o inusitado restaurante conta também com uma filial em Beverly Hills para o deleite dos ‘alhófilos’ hollywoodianos.

 

restaurante The Stinking Rose, em Beverly Hills

 

Duas dicas para o ALHO:

1. Uma pasta: quer uma receita rápida?

Então, descasque uma cabeça de alho, tirando aquela pele esbranquiçada dos dentes; faça um corte preciso no centro do talo e nas pontas dos dentes; tempere-os com azeite, sal (o sal é o amigo inseparável do alho!), orégano e pimenta-do-reino. Embrulhe-os em papel alumínio e leve ao forno por 30 minutos, Depois, ao retirar, você terá uma pasta incrível, deliciosíssima, ideal para se consumir num pão italiano ou baguete, como patê ou em purê de batatas.

2. Suavizar o hálito do alho: ficou com aquele bafo de dragão?

Simples: consuma salsa fresca, que por sinal, é uma delícia.

 

Se ficou com vontade, prepare. Me convide que ajudo a saborear…

E se quiser mais, tenho uma receita deliciosíssima de pasta de alho, ideal para ser servida com pão (quente) como acompanhantes de carnes (um churrasquinho…) e regada a vinho. Opa, dica pra um novo artigo. Aguarde.

 

José LBaroni,

Floripa, 02/8/2016

(me escreva em lohnjoseluiz@gmail.com)

 

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