A revolução do Mundo Quântico começou.

EM 24 set, 2019

A guerra acirrada de Google x IBM x Apple 

Nasa, de camarote e avalista.

por JotaB, SJ, 24-9-2019.

Foi Alvin Toffler, escritor norte-americano, que lá nos idos dos anos 80 desenhou via seu bestseller “A Terceira Onda” as mudanaças já vividas, a que estava sendo vivida e as que estariam por vir. Ele é conhecido mundialmente como um estudioso acertivo sobre o tema das mudanças político-sócio-econômicas e as tecnológicas e estruturais da civilização. Pelo desenho de Toffler, díriamos que chegamos na quinta onda.

A onda da resolução quântica.

 Esta, a Terceira Onda, já está superada.

De acordo com um artigo publicado no jornal Financial Times, engenheiros do Google atingiram a chamada “supremacia quântica”, momento em que é provado que um computador quântico consegue resolver problemas que um computador “clássico”, como os sistemas atuais, é incapaz de resolver.

Um artigo assinado por engenheiros do Google foi postado em um site da NASA na semana passada e rapidamente removido, mas não antes que o Financial Times conseguisse uma cópia. E revelasse para nós.

De acordo com o texto, um processador quântico batizado de “Sycamore” conseguiu, em três minutos e 20 segundos, provar que um gerador de números aleatórios era realmente aleatório. Uma tarefa que mesmo o supercomputador mais poderoso da atualidade, chamado Summit, levaria 10 mil anos para resolver.

Segundo os autores, “esta aceleração dramática em relação a todos os algoritmos clássicos conhecidos provê uma realização experimental da supremacia quântica em uma tarefa computacional, e marca o advento de um paradigma de computação a muito antecipado […] Em nosso conhecimento, este experimento marca a primeira tarefa de computação que só pode ser realizada em um processador quântico”.

Em um computador tradicional, um “bit” pode representar apenas um estado de informação por vez, “zero” ou “um” (linguagem binária, que representa ligado ou desligado). Mas um bit quântico, ou qubit, pode representar ambos ao mesmo tempo. Combinando qubits, a quantidade de informação que pode ser representada cresce exponencialmente.

Em teoria um sistema quântico poderia, por exemplo, quebrar a mais avançada forma de criptografia existente em questão de segundos, simplesmente testando todas as combinações possíveis de uma vez só, uma tarefa que normalmente levaria milhões de anos. Tal poder de cálculo poderia revolucionar áreas como a engenharia de materiais, química e inteligência artificial.

O Sycamore foi originalmente projetado com 72 qubits, mas devido a instabilidade e dificuldade em controlar os elementos, foi eventualmente redesenhado para operar com 53 qubits, o que o torna um dos computadores quânticos mais poderosos no planeta. Na semana passada, a IBM anunciou um sistema quântico parecido, também com 53 qubits.

Embora os resultados obtidos pelo Google possam representar um marco na ciência da computação, críticos afirmam que a alegação de “supremacia quântica” é exagerada. Isso porque a máquina do Google foi configurada para resolver um problema altamente específico, e não é capaz de executar tarefas generalizadas, como um computador comum.

Em uma nota divulgada para o Financial Times, Dario Gil, chefe de pesquisas da IBM, disse que a afirmação do Google é “indefensável” e “simplesmente errada”. O feito, embora tenha seus méritos, seria “apenas um experimento de laboratório para implementar essencialmente – e quase certamente exclusivamente – procedimento de amostragem quântico muito específico, e sem aplicações práticas”.

Nem NASA, nem Google explicaram porque o artigo do Google foi removido do site da Nasa. Bem como ninguém comentou o assunto.

O fato é que, como onde tem fumaça, tem fogo, então, onde tem estas experiências, tem resultado. Se já chegaram ou não à um resultado desta natureza, pode ser apenas uma polêmica, mas o certo é que, mesmo que ainda não se possa tornar público, por razões até mensuráveis, já se sabe que é inevitável.

Em muito pouco tempo, e aqui falamos de semanas, poderemos ver algo acontecendo que, na verdade, já conteceu. Vou pedir para meu computador uma determinada informação e, na verdade, ela já terá me fornecido, tamanha a rapidez de processamento.

Em suma. Poderemos chegar em Marte, ontem.

O que poderá ser a sexta onda?

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