GPS, coisa do passado

EM 27 nov, 2018

Chineses estão preparando um novo Sistema

por JotaB, 27/11/2018, 17h40m, Floripa/SC

 

Que todos nós sabemos que os chineses querem ir mais longe que todo mundo, não há dúvida. De que os chineses lutam para não ficar na dependência dos Estados Unidos, também ninguém duvida.

Então, vem aí outra novidade. By China.

O sistema de posicionamento usado no mundo inteiro é o GPS, criado e operado pelo governo dos Estados Unidos. A China quer diminuir a dependência de tecnologias norte-americanas e pretende colocar em operação dentro dos próximos dois anos um substituto chamado Beidou, fruto de um projeto de US$ 9 bilhões financiado pelo governo chinês.

O sistema Beidou já está sendo implementado para a China e países vizinhos, e a expectativa é que se torne disponível no mundo inteiro até 2020. Quando estiver pronto, ele deve oferecer informações de posicionamento com precisão de até um metro, ou até menos com o uso de um sistema de suporte instalado no solo.

O GPS, por sua vez, oferece precisão de três a cinco metros, que pode chegar a alguns centímetros com apoio outros sistemas. Isso faz com que a tecnologia chinesa seja mais precisa do que a usada atualmente em sistemas de navegação de carros, smartphones e vários outros dispositivos.

Para criar o sistema de posicionamento, a China está lançando uma constelação de satélites no espaço – 18 foram disparados neste ano, sendo três em novembro. Atualmente, mais de 40 satélites compõe o sistema, e a China planeja enviar mais 11 ao espaço até 2020.

A China começou a desenvolver o sistema Beidou durante os anos 90, e analistas estimam que, até 2020, o país vai ter gasto ao menos US$ 9 bilhões para colocá-lo em operação, segundo a Bloomberg.

Quando estiver pronto, o sistema vai ter outro desafio caso queira de fato desbancar o GPS: a indústria vai precisar adotá-lo, o que significa que fabricantes de semicondutores e carros elétricos, por exemplo, modifiquem seus produtos para se conectarem ao Beidou.

Considerando a importância da China para a economia global, não é difícil imaginar que empresas passem a considerar o Beidou na hora de desenvolver produtos. Entre companhias que já declararam apoio ao sistema estão a chinesa Huawei, a coreana Samsung e a fabricante de processadores Qualcomm.

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