Floripa em Destaque no Mundo

EM 23 jan, 2020

Primeira creche do mundo com selo máximo

de Arquitetura Sustentável é de Floripa

Localizada na Costeira do Pirajubaé, região de aterro próximo à UFSC, a creche pública municipal não foi originalmente concebida visando a certificação LEED. Análises de eficiência e sustentabilidade realizadas durante a etapa de projeto mostraram, no entanto, que o selo não era uma realidade muito distante. Alterações foram, então, realizadas pela equipe de projeto para garantir que os altos índices exigidos pelo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design  ou Liderança em Energia e Design Ambiental) fossem alcançados.

Além de contar com sistemas de geração de energia fotovoltaica e aquecimento solar, outros aspectos de sustentabilidade receberam atenção no projeto. Toda a edificação foi construída com materiais recicláveis, desde o concreto das fundações aos elementos de aço da estrutura. A madeira usada no sombreamento das varandas é, por sua vez, certificada com selo FSC (Forest Stewarship Council) e proveniente de manejo florestal responsável.

Construída com verba do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), do Ministério da Educação e recursos próprios da prefeitura, a creche custou R$ 4.687.295,65, valor 12% maior do que o previsto no orçamento inicial, antes de o projeto ser readequado visando o selo Platinum.

O projeto da Creche Hassis, em Florianópolis, é da arquiteta Rachel Braga. A edificação de 1.182 m² é a primeira deste tipo no mundo e o primeiro edifício público no Brasil a receber classificação LEED, em nível máximo: Platinum.

A Creche Hassis atende hoje 265 crianças entre quatro meses e seis anos de idade e tem seu programa pedagógico pautado por questões ambientais e de sustentabilidade. “Quando a gente consegue ofertar uma educação de qualidade com valores distintos – principalmente para crianças muitas vezes em situação de vulnerabilidade –, eu consigo olhar para frente e deslumbrar uma sociedade mais humanizada. Essa criança vai poder fazer escolhas mais conscientes. Nós trazemos um mundo possível sem plástico e com menos tecnologia. Porque é ali naquele espaço que ela vai se desenvolver como indivíduo e como coletivo”, comenta Carla Cristina Britto, diretora da unidade.

Fonte: archdaily

 

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