1º de Maio – Dia do Trabalhador

EM 30 abr, 2019

A data é feriado em quase todo mundo

Tendop ou não algo a se comemorar, embora a data não seja especificamente para isso, o Dia do Trabalhador, ou Dia do Trabalho, ou ainda Dia Internacional dos Trabalhadores ou Festa do Trabalhador é uma data comemorativa internacional, dedicada aos trabalhadores, celebrada anualmente no dia 1 de maio, em quase todos os países do mundo, sendo feriado em muitos deles.

Tudo começou no dia 1 de maio de 1886, há exatos 133 anos, quando uma greve foi iniciada na cidade norte-americana de Chicago, com o objetivo de conquistar condições melhores de trabalho, principalmente a redução da jornada de trabalho diária, que chegava a 17 horas diárias.

No período entre-guerras, a duração máxima da jornada de trabalho foi fixada em oito horas na maior parte dos países industrializados.

Em Chicago, a greve atingiu várias empresas. No dia 3 de maio, durante uma manifestação, grevistas da fábrica McCormick saem em perseguição aos indivíduos contratados pela empresa para furar a greve. São recebidos pelos detetives da agência Pinkerton e policiais armados de rifles. O confronto resulta em três trabalhadores mortos. No dia seguinte, realiza-se uma marcha de protesto e, à noite, após a multidão se dispersar na Haymarket Square, restaram cerca de 200 manifestantes e o mesmo número de policiais. Foi quando uma bomba explodiu perto dos policiais, matando um deles. Sete outros foram mortos no confronto que se seguiu.

Em consequência desses eventos, os sindicalistas Albert Parsons, Adolph Fischer, George Engel, August Spies e Louis Lingg, foram condenados à forca, apesar da inexistência de provas. Louis Lingg cometeu suicídio na prisão, ingerindo uma cápsula explosiva. Os outros quatro foram enforcados em 11 de novembro de 1887, dia que ficou conhecido como Black Friday. Três outros foram condenados à prisão perpétua. Em 1893 eles foram inocentados e reabilitados pelo governador de Illinois, que confirmou ter sido o chefe da polícia quem organizara tudo, inclusive encomendando o atentado para justificar a repressão que viria a seguir.

Enquanto isso, no Brasil…

Com a chegada de imigrantes europeus no Brasil, as ideias de luta pelos direitos dos trabalhadores vieram junto. Em 1917, houve uma Greve geral. Com o crescimento do operariado, o dia 1 de maio foi declarado feriado pelo presidente Artur Bernardes, em 1925.

Até o início da Era Vargas (1930–1945) certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituísse um grupo político muito forte, dada a incipiente industrialização do país. O movimento operário caracterizou-se, em um primeiro momento, teve influências do Anarquismo e, mais tarde, do Comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, essas influências foram gradativamente dissolvidas pelo chamado trabalhismo.

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado, no âmbito dos movimentos anarquistas e comunistas, como um momento de luta, protesto e crítica às estruturas socioeconômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transformou um dia destinado a celebrar o trabalhador em Dia do Trabalho. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas no 1º de maio. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Ou seja, momento de festa.

Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressou especialmente pelo costume que os governos tinham de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo. Outro ponto muito importante atribuído ao dia do trabalhador foi a criação da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, em 1º de maio de 1943.

Hoje muitas empresas organizam festas, inclusive centrais sindicais e confederações trabalhistas, com intuito de festejar junto aos trabalahadores e discursarem os assuntos das pautas de reivindicações trabalhistas e políticas.

 

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